Vamos começar o post de hoje com um pequeno exercício!
Antes de continuar a leitura, olhe para a sua mesa, para as suas gavetas e para o ambiente em que está neste momento.
A menos que esteja lendo nosso conteúdo de um bunker ou uma sala ultra secreta, provavelmente mais da metade dos aparelhos e acessórios ao seu redor dependem de energia elétrica para funcionar. Por consequência, você também depende dela para acordar, trabalhar, falar com pessoas, realizar atividades pessoais e por aí vai. A lista é longa, a gente sabe.
Acontece que, fontes de energia finitas, como é o caso dos combustíveis fósseis, desde que foram descobertos e passaram a ser utilizados pela humanidade, acabaram gerando muitos impactos negativos para o planeta, principalmente pela emissão de dióxido de carbono, que é liberado durante a queima dos combustíveis.
Um fato excelente é que a nossa maneira de usar a energia mudou ao longo do tempo.
Há 2 milhões de anos descobrimos o fogo para nos aquecer e iluminar as noites, há 6 mil anos utilizamos a energia eólica para mover veleiros e, mais tarde, moinhos. E então, a partir da 1ª Revolução Industrial, a matriz energética tem se tornado cada vez mais dependente de combustíveis fósseis, numa tendência que predominou até hoje, mas que está com os dias contados.
No Brasil, desde 2009, um forte e grandioso movimento começou a tomar força e dar mais espaço para a criação de energia hídrica, eólica e solar. O país possui um terreno fértil e lucrativo para o segmento da geração de energia com fontes renováveis.
“O Brasil tem buscado ampliar as formas alternativas de geração de energia elétrica, para além da fonte hidráulica. E as fontes de energia como a eólica, a solar e a biomassa já estão sendo colocadas em prática, o que posiciona o Brasil num seleto grupo de vanguarda mundial na produção de energia renovável e sustentável”, escreveu o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Paulo Cesar Domingues, em nota para o site do Governo Federal.
O secretário citou que o Brasil tem 48% de fontes renováveis na matriz energética, enquanto o resto do mundo tem apenas 14%. E relatou que o processo de transição do Brasil para o uso de fontes de energia renováveis não é recente e já conta uma longa trajetória. “A matriz energética brasileira é uma das mais renováveis entre todos os países com as grandes economias mundiais, 48% da nossa matriz é renovável. Para termos uma ideia, a média mundial é de 14% e se compararmos com os países mais desenvolvidos, por exemplo, os países que fazem parte da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], essa participação é ainda menor, é de 11%. E o que significa 48% de renováveis na matriz? Significa que toda a energia produzida e consumida no Brasil é originária de fontes energéticas renováveis, como o sol, o vento, a água e a biomassa. E se analisarmos agora a matriz de energia elétrica, a renovabilidade da nossa matriz é ainda maior. Em 2020, terminamos o ano com 85% da nossa matriz renovável, enquanto a média mundial é de apenas 28%. Isso demonstra a importância da nossa matriz”, afirmou Domingues.
Até aqui só o orgulho de ser brasileiro, né?
Mas, você sabe o que é a energia sustentável e quais as formas de geração existentes no país atualmente?
Também conhecida como energia verde ou energia limpa, a energia sustentável é aquela que utiliza uma fonte renovável.
Podemos considerar renovável (e inesgotável) todo combustível que se recicla naturalmente dentro do ciclo de vida humano, como é o caso do sol e do vento. Veja abaixo três tipos de geração de energia sustentável:
Energia Solar: A eletricidade solar acontece sob a forma de corrente contínua e é obtida quando os raios de sol atingem o módulo que contém as células fotovoltaicas.
Para ser usada em residências, a energia elétrica de corrente contínua precisa passar por um inversor que a transforma em corrente alternada.
Energia Eólica: Os mecanismos básicos dos moinhos de vento são os mesmos do moinho de água, criado pelos Persas no século XIV a.C.
O vento que bate nas hélices e as faz girar, cria um movimento que ativa o eixo conectado ao gerador, produzindo assim a eletricidade.
Energia Hídrica: A produção de eletricidade utiliza a queda da água acumulada em uma barragem.
Essa água represada é conduzida através de dutos para movimentar as turbinas. Esse movimento de rotação das turbinas faz girar o rotor de um gerador que produz energia elétrica.
O que esperar do futuro?
As projeções de médio e longo prazo são bem animadoras, principalmente com as retomadas e movimentações pós-pandemia. Com os novos cenários, uma economia mais sustentável, verde, consciente e com baixa emissão de carbono se torna cada vez mais necessária.
No Brasil, cálculos apresentados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), com base em dados oficiais do Governo, mostram que a cada R$ 1 investidos em sistemas fotovoltaicos, o setor devolve mais de R$ 3 em ganhos elétricos, econômicos, sociais e ambientais.
Além disso, o país evitará a emissão de 75,38 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera até 2035.
Panorâmica em outros países:
Estados Unidos
- Economia 100% limpa e zero carbono até 2050;
- US$ 1,7 tri de investimento federal em 10 anos;
- US$ 5 tri incluindo estados, municípios e setor privado;
- US$ 400 bi em 10 anos para tecnologias inovadoras;
- Multiplicar por 2 a geração eólica até 2030;
- Reduzir pegada de carbono das construções em 50% até 2035;
- Instalação de 500 mil pontos de carga para veículos até 2030.
China
- Matriz energética 50% renovável até 2050;
- 20% não-fóssil até 2030.
União Europeia
- Neutralidade climática até 2050;
- € 1 tri em investimentos sustentáveis até 2030.
SCADAHUB e o setor de energia sustentável
A ligação da SCADAHUB com as geradoras de energia começou em 2006, quando desenvolvemos soluções em sistema SCADA para a Usina Termelétrica Jorge Lacerda (SC), que utiliza o carvão como combustível, ou seja, uma fonte não renovável de energia.
Logo após, e ao longo do tempo, passamos a fazer parte de projetos cada vez mais voltados para o setor de energia sustentável e, já neste ponto, era impossível não perceber o movimento e os gigantes investimentos no setor.
“Quando dizemos que o crescimento da geração de energia advinda de fontes sustentáveis é inevitável, não estamos tratando do assunto com exageros. Grande parte da energia que passa pelos sistemas desenvolvidos pela SCADAHUB (aproximadamente 7% da capacidade instalada no Brasil) foi gerada de forma sustentável.
Um excelente exemplo que posso trazer aqui está ligado à francesa ENGIE, uma de nossas principais clientes e a maior geradora de energia privada do Brasil.
Desde 2017, alinhada à sua estratégia global de descarbonizar o seu portfólio de geração de energia, a Companhia busca alternativas para os ativos de geração a carvão no Brasil. A ENGIE, ao longo dos últimos cinco anos, está centrada no propósito de acelerar a transição para uma economia neutra em carbono, direcionando as suas atividades para geração de energia renovável, gás natural e infraestrutura”, diz Fábio Vieira, diretor comercial da SCADAHUB.